O Bahia publicou, nesta quinta-feira, um longo texto em seu site oficial sobre o episódio envolvendo Indio Ramírez e Gerson, do Flamengo . O meia rubro-negro acusou o jogador tricolor de racismo. O clube anunciou, entre outras coisas, a reintegração do colombiano.

A equipe reforçou que “os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial”, ao contrário das análises feitas pelo Flamengo .

“O clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Indio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes”, escreveu o clube.

“O papel do Bahia é de formação e transformação, sempre preservando os direitos fundamentais e a ampla defesa. O atleta deverá ser reincorporado ao elenco tão logo os profissionais da comissão técnica e psicólogos entendam adequado”, completou.

Além disso, o Bahia também anunciou o que chama de “medidas estruturais” para combater o racismo, que incluem, por exemplo, cláusula em contrato com os jogadores sobre o tema. São elas:

1. Inclusão de cláusula anti-racista, xenofóbica e homofóbica no contrato dos atletas.

2. Proposta de criação de protocolo antidiscriminatório para jogos de futebol no Brasil.

3. Implantação do projeto “Dedo na Ferida” para o elenco na pré-temporada. Não haverá jogador ou jogadora que vista a camisa do Bahia sem que tenha antes a oportunidade de obter acesso a uma imersão sobre racismo estrutural.

4. Encaminhamento junto à mesa do Conselho Deliberativo do clube para incorporação de cotas raciais nas próximas eleições.

5. Inclusão de espaço no Museu do Bahia dedicado ao combate e debate do racismo, xenofobia, sexismo e LGBTfobia e demais formas de intolerância.

6. Apoio ao projeto de lei que Cria o Dia Nacional Da Luta Contra o Racismo no Futebol

O clube ainda acrescenta que seguirá acompanhando os desdobramentos da acusação feita por Gerson e o Flamengo em denúncia na esfera criminal.

“Além de negros, somos nordestinos e conhecemos bem o poder do preconceito e da exclusão pela xenofobia. Diante disso e das provas constituídas, caberá ao atleta Ramírez decidir pela denúncia ou não quanto ao tema – e ao Bahia apoiar a decisão.”

Para ler, na íntegra, ao pronunciamento do Bahia, clique aqui .