A lei do polarizado mercado nacional joga contra o Flamengo. O clube foi obrigado a esticar a corda para tentar renovar com Bruno Henrique após assédio do Palmeiras. A situação se repete e preocupa.
No começo do ano, a diretoria rubro-negra valorizou o centroavante Pedro e ampliou o vínculo meses depois da oferta do clube paulista pelo jogador, que renovou logo após a Copa do Mundo.
Dirigentes entendem que a movimentação do maior rival nacional foi decisiva para inflacionar os atletas. E temem que o cenário se repita com outras renovações pela frente, como o caso de Gabigol.
Não que o Flamengo não possa colocar na mesa seu poderio financeiro e aumentar o salário de suas estrelas. Há receita para isso. Mas a diretoria não vê com bons olhos essa tendência.
Ao longo dos últimos anos e títulos conquistados, nomes como Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta superaram a barreira do milhão. Agora, a dupla de ataque pode se aproximar do dobro recebido.
Fontes no Flamengo entendem que o clube não deveria pagar a um jogador R$ 2 milhões, mas é esse o patamar financeiro por exemplo de Dudu, do Palmeiras, o maior salário do Brasil.
A diretoria paulista, ciente do seu poderio, pegou pesado na investida sobre Bruno Henrique. Além de salários nesse patamar, ofereceu um contrato de três anos, e chamou o Flamengo para a dança.
Ciente de que não poderia perder o ídolo, que vive grande fase novamente, o departamento de futebol, com aval do presidente Rodolfo Landim, aumentou o tempo de contrato, salário e incluiu até luvas.
Tudo para não perder Bruno Henrique para um rival direto. Com Gabigol, ainda mais ídolo, a discussão sobre renovação corre o risco de ganhar ares de leilão semelhante em caso de rivais interessados.
O camisa 10 tem contrato até o fim de 2024 e, para não correr os mesmos riscos, o Flamengo já quer deixar tudo alinhado, aproveitando-se do momento de baixa de Gabi, hoje reserva da equipe.