Arrascaeta é a esperança do Flamengo conquistar mais um troféu em 2020. Indicado pela segunda vez para o prêmio Puskas, o uruguaio participará na próxima quinta-feira do The Best da Fifa disputa pelo gol mais bonito da temporada com o compatriota Suárez, hoje no Atlético de Madri, e o sul-coreano Son, do Tottenham. Em 2018, bateu na trave.
Arrascaeta, Son e Luis Suárez finalistas do Prêmio Puskás do Fifa The Best — Foto: Reprodução
Na ocasião, Arrasca também ficou entre os finalistas, mas viu Mohamed Salah, do Liverpool, ficar com o troféu. Desta vez, o meia do Flamengo garante que levou a melhor em disputa na seleção uruguaia, brincou com Suárez e previu uma eleição acirrada no evento que virtual de quinta-feira.
"Falei com ele (Suarez), brincamos bastante. São gols diferentes e muito bonitos. Meus companheiros certamente falam que o meu é melhor (risos), mas são todos muito bonitos. Que vença o melhor"
- É uma felicidade enorme estar novamente entre os três gols mais importantes do ano. São gols que acontecem naturalmente. É um privilégio disputar um prêmio tão importante. São três gols espetaculares que todo mundo gostou.
Peça fundamental na organização ofensiva do Flamengo, Arrascaeta foi o escolhido por Rogério Ceni para ser deslocado diante do Santos em formação com cinco atacantes. Com a entrada de Pedro no lugar de Gérson, o uruguaio recuou para segundo volante. Função incomum e que o próprio admite só ser viável em partidas onde o predomínio seja amplo da equipe.
Arrascaeta se destaca em treino no Ninho do Urubu — Foto: Alexandre Vidal / CRF
- Temos que nos adaptar a várias funções, mas certamente não é minha característica jogar nesta função. Falei para o jogo Rogério no jogo que me sentia bem, estávamos controlando bem o jogo e não tinha muito problema (contra o Santos) - explicou o camisa 14, que tem oito gols e nove assistências na temporada.
Enquanto vive a expectativa do resultado do Puskas, Arrascaeta segue na preparação com Rogério Ceni para defender o Flamengo domingo, às 17h (de Brasília), diante do Bahia, pela 26ª rodada do Brasileirão. Com 45 pontos, a equipe ocupa a terceira colocação na tabela, com um jogo a menos que Atlético-MG (46) e São Paulo (50).
Confira outros trechos da entrevista
Diferença entre Pedro e Gabigol
- São dois jogadores goleadores natos. Tem que estar sempre na área. Pedro é um nove de mais referência, o Gabi é mais de movimentação. Temos que estar com eles.
Diego Alves
- É uma referência, jogador superimportante. Gostaríamos que ficasse com a gente. Cabe à diretoria. Certamente, sabemos da importância que ele tem dentro do campo e no vestiário.
Jogo com o Bahia e disputa com o São Paulo
- Temos que fazer de cada jogo uma final. Não podemos cometer erros, se perdemos pontos, deixamos de brigar pelo campeonato. É pensar no Bahia, vamos ver o outro jogo porque é muito importante para nós. Mas temos que pensar no Bahia.
Jejum de gols de falta
- A gente está treinando bastante isso (cobrança de falta). Mas não temos que colocar isso na cabeça, de que precisamos fazer. Vai sair naturalmente e trabalhar para que isso aconteça na hora do jogo.
São Paulo x Atlético-MG
- É difícil estar pensando no jogo dos outros times. Só dependemos da gente. Se ganharmos todos os jogos, somos campeões. Temos elenco para apresentar um futebol ainda melhor.
Diferença de posicionamento
- Como falamos, são estilos de jogos diferentes, o Dome e Rogério. Precisamos de uma adaptação. A gente sente, fica um pouco cansado. Mas essa semana vai ser importante para a gente. É um cara muito importante, sabe lidar com vestiário.
Assistência para o Puskas
- A gente tem um grupo com o Rafinha, cara muito querido, tenho carinho muito especial por ele. Se ganhar (o prêmio), quando ele voltar para o Brasil, vamos precisar fazer um churrasquinho (risos).
Jogos no verão carioca
- Agosto, setembro, fevereiro, tem 35 graus. Então, não vai mudar muito para nós (risos). As temperaturas elevadas, certamente, atrapalham um pouco o rendimento. Temos que trabalhar bastante para chegar melhor fisicamente.