Arnaldo: Se o Flamengo não reformular, nenhum técnico passará de 6 meses

O técnico Paulo Sousa voltou a ficar pressionado no Flamengo depois da derrota no Maracanã para o Fortaleza, no último domingo (5), pelo Brasileirão , podendo ser mais um treinador do clube rubro-negro a não conseguir chegar a um ano de trabalho desde a saída de Jorge Jesus, em 2020.

No podcast Posse de Bola #234 , Arnaldo Ribeiro afirma que o trabalho do técnico português é ruim, mas que o Flamengo também tem outros problemas que envolvem a direção e o elenco, com o que chama de 'panela'.

"O peso que essa panela de jogadores tem nessa situação desde a saída do Jorge Jesus ou nessas situações todas, o que reflete uma dificuldade muito grande de um técnico comandar de fato o Flamengo e erros individuais sim, vários têm acontecido. O trabalho do Paulo Sousa, de fato, não é bom, é um trabalho que teve pré-temporada, que teve estadual e o time deixa a desejar no final das contas", diz Arnaldo.

"Quem não consegue conviver com essa turma ou lidar bem com essa turma, não triunfa. Lembrando que para ser campeão brasileiro, o Rogério Ceni no Flamengo teve que abraçar toda a panela, então o Diego Alves era titular, Diego Ribas era titular, todos os figurões eram titulares e assim até a contragosto porque ele não é assim normalmente. Mas ele entendeu onde ele estava, o ambiente onde estava, e ele conseguiu levar o time ao título brasileiro, a duras penas, é verdade, mas conseguiu", completa.

O jornalista afirma que não adiantará o Flamengo seguir trocando de técnicos sem que uma reformulação no elenco seja feita, já que, após Jorge Jesus, o clube teve Domènec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho, todos durando pouco tempo no cargo, antes da chegada de Paulo Sousa.

"Ou o Flamengo faz a reformulação, ou ninguém vai conseguir treinar o Flamengo, isso está claro. Ninguém vai conseguir ficar mais de seis meses treinando o Flamengo, porque a curto prazo você consegue algum arranjo, mas não vai ser agora, eu imagino, no meio da temporada. Então o Flamengo talvez troque de técnico, mas o problema continuará lá", conclui.

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