Após título, Jesus foca na Recopa e torce por 'milagre' do departamento médico do Flamengo

O bom humor de Jorge Jesus estava explícito a cada frase dita após o título da Taça Guanabara. Treino? Só na segunda-feira, já que o elenco do Flamengo está liberado para aproveitar o carnaval neste domingo. Mais leve que o habitual, o português dividiu a conquista do primeiro turno do Carioca com Maurício Souza, que comandou o rubro-negro nas rodadas iniciais do Carioca.

- A equipe começou esta Taça Guanabara, mais o mister Mauricio, também são os vencedores. Minha medalha de vencedor vou oferecer a eles. Há várias pessoas vencedoras desta Taça Guanabara - declarou o treinador.

Mas nem tudo é motivo para ser comemorado. O Flamengo decide a Recopa Sul-Americana na próxima quarta-feira e tem dúvidas na escalação. Bruno Henrique e Rodrigo Caio estão praticamente descartados, enquanto Rafinha e Arrascaeta são dúvidas por desgaste muscular. Jesus torce por um "milagre" do departamento médico rubro-negro.

- Arrascaeta, Rafinha, Bruno Henrique... Principalmente estes três, não sabemos antes de serão recuperados até quarta. Dos três, não sei. Tenho alguma dúvida. Talvez o Rafinha. Mas estou habituado que o departamento médico do Flamengo faça milagre - brincou.

Os problemas físicos enfrentados pelo elenco do Flamengo influenciaram até mesmo a escalação na final da Taça Guanabara. A escolha por reservas teve a ver com o alto desgaste enfrentado pela equipe nesta primeiro semestre e foi definida antes de a bola rolar: quem estivesse melhor, entraria em campo.

- Depois que voltamos do Equador, analisando o jogo e a carga que teve, o que poderia acontecer à equipe se jogasse hoje. Jogaria no limite do risco da lesão. Tentamos não correr este risco. Foi dentro desta filosofia, desta ideia, é que fizemos esta distribuição para o jogo. Aqueles jogadores lesionados não sei se vão estar, mas todos os outros estarão.

Confira outras respostas de Jorge Jesus:

Boavista

- Jogamos contra uma equipe bem organizada defensivamente. Claro que não tem a qualidade individual dos jogadores do Flamengo.

Dupla de zaga

- Normalmente o Rodrigo Caio, em condições físicas, é ele e mais um dos dois (reforços). Conhece perfeitamente nossas ideias defensivas. Já sabe o que é jogar no Flamengo, o quanto pesa a camisa do Flamengo.

- A camisa ainda está um pouco pesada. Com o tempo vão se habituando, porque são excelentes jogadores (Gustavo Henrique e Léo Pereira). Com certeza vão se habituar à pressão de jogar no Flamengo.

Torcida do Flamengo

- A torcida do Flamengo é sempre importante. Hoje acredita muito no time. Os jogadores estão orgulhosos dos torcedores que têm. É uma simbiose coletiva entre equipe e torcedores, que faz que, seja qual for o jogo, estamos sempre ligados.

Escalação

- Depois que voltamos do Equador, analisando o jogo e a carga que teve, o que poderia acontecer à equipe se jogasse hoje. Jogaria no limite do risco da lesão. Tentamos não correr este risco.

- Foi dentro desta filosofia, desta ideia, é que fizemos esta distribuição para o jogo. Aqueles jogadores lesionados não sei se vão estar, mas todos os outros estarão.

Guerra de vaidade

- Dentro da equipe isso não acontece (guerra de vaidade). Sou um treinador muito experiente não só no jogo, mas também fora do jogo. Estas conversas, para mim, não têm cabimento. Se estivesse em Portugal, diria que estas conversas são 'tretas'.

Vitinho

- Tem muito talento. É um jovem. Portanto, precisa se afirmar. Tem jogos muito bons, depois outros não tão bons. Mas tem tudo para ser um jogador diferenciado. Acredito muito nele.

Ataque com Pedro

- O Bruno Henrique e o Gabriel se conhecem desde o Santos. O Pedro ainda está chegando, está conhecendo o Gabi. Mas são jogadores com características diferentes. Bruno Henrique se completa muito melhor com o Gabi.

- O Pedro também é importante, tem umas características que perto da grande área são muito importantes para o Flamengo. De pouco em pouco vai dando passos à frente da sua forma, vamos mudar sua forma de jogar.

- Tenho um estilo de jogo que não podemos mudar tanto. Há algumas coisas. Pedro foi habituado a jogar de costas para a baliza, e avançado que joga muito assim não dá muita dinâmica à equipe, que é aquilo que nós queremos

Thiago Maia e João Lucas

- Os jogadores que hoje fizeram praticamente o primeiro jogo. Ainda não estão em condição nem têm o andamento que outros jogadores. Dentro da equipe, acho que estiveram bem.

Pedro Rocha

- Pode fazer qualquer posição no ataque. É um jogador muito rápido a pensar e executar. Ele veio com um problema de lesão que o estamos recuperando de pouco em pouco. Joga numa posição onde têm jogado Bruno Henrique e Gabigol.

- Tenho dificuldade de lhe dar algum tempo de jogo. Mas vão haver muitos jogos, vamos continuar com o Carioca, onde ele vai atuar. A posição dos nossos atacantes requer conhecimento tático com bola e sem bola. Ele anda à procura disso.

Fonte: Extra