Após período turbulento, Fernando Fischer brilha no jogo 1 contra o Flamengo

O tapinha nas costas veio seguido de duas palavras que Fernando Fischer queria ouvir há muito tempo: "Bom jogo". Era o reconhecimento do técnico Guerrinha ao jogador que foi decisivo para mudar a história do primeiro confronto da série de quartas de final contra o Flamengo. As dores no nervo ciático que deixaram em dúvida a sua participação ficaram para trás assim que foi chamado para deixar o banco de reservas. Só queria aproveitar a oportunidade e tentar diminuir aquela diferença no placar. Procurou a linha dos três pontos e de lá começou o seu trabalho. Dos 22 pontos marcados por ele - cestinha da noite de sábado -18 foram de chutes de longe. O crucial foi a pouco mais de um minuto para o fim e deu quatro pontos de frente para o Bauru. Já sentia ali o cheiro da vitória. E quando ela veio, o ala de 32 anos regeu a pequena torcida que viajou até o Rio para apoiá-los.

- Estou muito feliz. O ano foi muito turbulento para mim, voltei de cirurgia (no tendão de Aquiles), depois torci o pé... Eu precisava de um jogo desse e precisava ir bem. Foi muito bom poder ajudar e ainda sair com a vitória. Sabemos que é muito difícil ganhar do Flamengo aqui dentro. Poucos times conseguiram e isso nos deixa felizes. Sei que no próximo jogo vai ser diferente, vão vir com a marcação mais em mim, mas isso também é bom porque outros jogadores ficam livres. Temos que entrar sabendo que eles vão querer igualar a série  - disse.

Mas um passo importante foi dado. E isso Fischer não nega. Ele e seus companheiros seguiram direitinho o pedido de Guerrinha: ir buscar o jogo, mesmo que a diferença no marcador fosse grande. Não faltou luta nem empenho para anular algumas das armas dos atuais campeões da competição e também da Liga das Américas.

- A gente sabia que eles estavam um bom tempo sem jogar (quase um mês) e talvez sem ritmo. Nosso time vinha de um playoff contra o Basquete Cearense. Então, tentamos amenizar os pontos fortes deles: os arremessos do Marcelinho e as bolas do Laprovittola. E acabou que a pontuação deles foi baixa. Mas o Flamengo é um time poderoso. Se tem um que pode entrar na nossa casa e nos ganhar é o deles. Por isso, sabemos que não tem nada ganho. Falamos sobre isso no vestiário depois da partida.

As equipes voltam à quadra do Tijuca nesta segunda-feira, às 20h. Depois a série será disputada para o interior paulista, onde medirão forças no próximo sábado (03/05) e na segunda-feira (05/05).

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