Análise: reencontro de Pedro com as redes é protagonista em noite com massacre do Flamengo e histórias de sobra

Pedro havia retornado aos gramados na semana passada, contra o Central Córdoba, pela Libertadores, mas ainda faltava matar a saudade dos gols. Ele entrou aos 11 minutos do 2º tempo e pôde comemorar em dose dupla. Primeiro, aproveitando, de cabeça, cruzamento de Wesley. Depois, mergulhando no rebote do pênalti que ele mesmo perdeu. Seus lances deram números finais ao massacre e toques de perfeição ao roteiro dos 90 minutos.

— Sem dúvida, uma alegria enorme em voltar a marcar no Maracanã, depois de um tempo muito grande longe dos gramados. Ainda estou buscando meu melhor ritmo fisicamente, mas foi uma noite muito feliz — celebrou o camisa 9.

Já Arrascaeta veio mostrar serviço nesta edição do campeonato, com quatro gols em quatro rodadas, dividindo a artilharia ao lado de Pedro Raul e Vegetti. Ontem, o camisa 10 da Gávea regeu um time que fez valer a superioridade sobre um adversário que muito pouco resistiu, em uma partida de atuação coletiva exuberante. Com 21 minutos de partida, o placar já apontava 3 a 0 de frente para o rubro-negro.

A goleada teve início em cobrança de falta de Arrascaeta pela direita, na cabeça de Pulgar. Cinco minutos depois, uma jogada de passes rápidos entre Michael e Gerson terminou no pé de Plata, que tocou de cavadinha por cima do goleiro Gustavo. Depois, em mais um lance de bola parada, Arrascaeta deu assistência para Danilo, que voltava de lesão após quase dois meses, marcar o primeiro pelo clube.

Esta sequência de golpes apenas mostra a capacidade que a equipe tem de abrir vantagens confortáveis com chances nos inícios das partidas. Porém, vinha complicando jogos tranquilos por conta da falta de efetividade na frente, cenário que parece começar a mudar.

Com a confortável vantagem, Filipe pôde preservar nomes importantes, como Pulgar e Arrascaeta, substituídos ao longo do 2º tempo, para o clássico contra o Vasco, às 18h30 do sábado, pela próxima rodada. Antes de deixar o campo para a entrada de Pedro, o uruguaio deixou sua marca. Aos dez minutos da etapa final, recebeu passe de Michael, ajeitou com um pé e, com o outro, fez a bola morrer no cantinho do goleiro. Arrascaeta brilhou, mas a noite de ontem foi de Pedro.

Ainda houve tempo de Bruno Henrique ir a campo, aos 34 do 2º tempo. O camisa 27 teve atuação discreta, mas foi ovacionado pelos torcedores presentes.