Por um equívoco corriqueiro no futebol brasileiro, revelações são tratadas como joias. Só que, como o nome mesmo diz, joias são pedras preciosas já lapidadas, bem polidas, expostas com destaque nas vitrines, geralmente com alto valor de mercado.
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Pedro Rocha, que deverá ser anunciado pelo Flamengo como o primeiro reforço para 2020, enquadra-se na definição que considero a mais adequada para o termo "joia".
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Há três anos, os dirigentes do Spartak desembarcaram em Porto Alegre para levar a estrela do Grêmio: Luan. O clube e o jogador acharam que o mercado russo era pouco para o tamanho de seu futebol. Os russos não perderam tempo. Tinham 20 milhões de euros para gastar. Ficaram sem Luan, mas voltaram para Moscou com o rápido Pedro Rocha na bagagem.
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Pedro Rocha é o primeiro da série de pontas, com atuação destacada pela esquerda, que o Grêmio revelou nos últimos anos. Everton é o nome do jogo nos dias de hoje. A revelação Pepê, que ainda não é joia, segue a trilha de seus antecessores.
Se o torcedor rubro-negro tem razões de sobra para amar Bruno Henrique, pode ser muito feliz se Pedro Rocha jogar o que sabe. Muito veloz, teve em Renato um excelente professor para aprumar a pontaria e ter calma na hora do chute.
Seus números, porém, são modestos. Em 2017, marcou 11 vezes em 40 partidas no Grêmio. No Spartak, onde jogou menos do que poderia, foram apenas 14 jogos, com só um gol anotado. No retorno ao Brasil, balançou as redes quatro vezes em 33 partidas.