Análise: No Flamengo, Everton Ribeiro mostra poder de influência e Pedro segue íntimo do gol

Everton Ribeiro mostrou que tão importante quanto ter boas atuações individuais é exercer o poder de influência dentro do jogo. A vitória do Flamengo sobre o Athletico, por 3 a 1, neste domingo, no Maracanã, passou muito pela capacidade do meia-atacante de não só acrescentar alternativas técnicas, mas também ser a mola propulsora para o crescimento coletivo da equipe.

A atuação referenda a recuperação de Everton Ribeiro, e de outros titulares, após o surto de Covid-19 no Fla. A lamentar que o calendário do futebol brasileiro não permitirá que ele participe das próximas três partidas do rubro-negro, já que servirá a seleção brasileira.

- A expectativa é grande, né. Busquei estar trabalhando sempre no meu mais alto nível. Agora é hora de mostrar lá o que eu venho fazendo aqui e poder ajudar nas Eliminatórias - disse o meia após a partida.

O resultado que coloca o Fla em quarto no Brasileirão foi construído no segundo tempo, depois de Everton Ribeiro passar os 45 minutos iniciais no banco. O camisa 7 substituiu Vitinho, que jogou mal, e fez o terceiro do Fla no Maracanã. Por incrível que pareça, o melhor chute de Everton não foi o que balançou as redes. Logo na primeira aparição ofensiva, a canhota afiada obrigou Santos a uma defesa espetacular.

Mas Everton Ribeiro não brilhou sozinho. Individualmente, Pedro foi o principal parceiro na vitória rubro-negra. Ao abrir o placar, o atacante chegou ao quarto jogo seguido fazendo gol (já marcara contra Barcelona, Palmeiras, Independiente Del Valle). A fase é ótima e a projeção de continuidade é boa, já que Gabigol está machucado.

Em termos de confiança, o gol de pênalti - o segundo do Fla -  também foi relevante para Bruno Henrique. Antes do surto de Covid-19, ele não passava por uma fase tão boa. Mas entrou voando no jogo passado, contra o Independiente Del Valle, pela Libertadores, e deixou sua marca de novo neste domingo.

Em geral, os garotos remanescentes no time - os zagueiros Gabriel Noga e Natan, além do goleiro Hugo - deram conta do recado. Mas Neneca teve mais sorte do que juízo porque cometeu erros na saída de bola com os pés.

O GLOBO já tinha apontado que a desvantagem dele com os pés era um quesito levado em consideração na concorrência com Gabriel Batista . Hugo até compensou com mais defesas importantes e seguras, mas o enredo do jogo teria sido completamente diferente se o passe equivocado tivesse gerado gol do Athletico, logo no primeiro minuto. A explosão do chute de Alvarado na trave mostra que goleiro bom às vezes precisa de sorte.

No lado do Athletico, Renato Kayzer chegou a deixar o placar em 2 a 1, mas o time foi a campo com os reservas. Apesar da coragem e da boa estruturação tática, a capacidade técnica do Flamengo fez a diferença. Os times voltarão a se enfrentar neste mês em dois jogos pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Fonte: O Globo
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