O Flamengo que encanta o Brasil e boa parte do mundo com um futebol de dar gosto desde o meio de 2019 mostrou na noite desta quarta-feira (4), em Barranquilha, na Colômbia, que também dá de bico quando precisa e que sabe sofrer. E faz até cera se precisar.

Três características típicas de Libertadores da América. E necessárias na briga por título, no caso, o bi genuíno, já que o time de Jorge Jesus é o atual campeão.

Contra o bom Atlético Junior, a equipe rubro-negra venceu por 2 a 1 , mas passou maus bocados, especialmente no segundo tempo.

Salvou-se ora com belas defesas de Diego Alves, ora afastando feio mesmo, como fez Gérson aos 22 minutos da etapa final. De bico.

Aos 27, o goleiro, experiente, demorou para cobrar um impedimento e tomou até cartão amarelo. Era cera para acalmar o ímpeto dos donos da casa.

É bem verdade que o experiente Téo Gutiérrez, de 34 anos e que fez o gol colombiano já nos acréscimos, poderia ter sido expulso ainda no primeiro tempo - deu braçada no rosto de Filipe Luís, fez falta por trás e pôs a mão na bola -, o que certamente mudaria o panorama da partida. Mas o conivente árbitro venezuelano Alexis Herrera nada fez.

O Atlético Junior apertou. Não à toa, finalizou 14 vezes no confronto, sendo cinco delas no gol, contra 11 do Flamengo, que acertou o alvo em quatro .

Mas destas quatro, duas foram com Éverton Ribeiro, que é de uma frieza impressionante. Gol em uma, gol em outra - nesta última, com lançamento primoroso de Gabigol para Michael, que avançou e deu a assistência. Foi o gol do alívio.

O Flamengo estreou mostrando força e autoridade de atual campeão. E que sofrer com direito a futebol inteligente e objetivo, se necessário, não é e nem será um problema.