Análise: Flamengo abusa de chances perdidas em primeiro teste 'para valer' na temporada, mas empate com Inter é justo

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A expectativa do Flamengo é voltar a competir pelo título do Brasileirão , mas a estreia com empate diante do Internacional , em 1 a 1 — gol de Bruno Henrique, do Inter, e Léo Pereira, do Fla —, num Maracanã com quase 50 mil pessoas, não empolgou, e terminou sendo morna. Campeãs estaduais, as equipes de Filipe Luís e Roger Machado se equipararam nas estratégias. Mas a torcida rubro-negra saiu frustrada pelas muitas chances e pelos dois pontos perdidos na primeira amostra do que é a temporada “para valer”.

É injusto argumentar que o time "iludiu" alguém no Carioca, e a realidade vai aparecer com o início dos torneios grandes. Do outro lado, o Inter, que também foi muito bem no universo do Gaúcho, montou uma estratégia para vencer, mas foi forçado a recuar diante do ímpeto rubro-negro. No duelo de postulantes ao título brasileiro, o time da casa teve 19 finalizações contra cinco, e só esbarrou mesmo na falta de precisão para definir.

Embora tenha iniciado o jogo fazendo pressão na base do fator casa, o Flamengo sentiu falta da presença de Arrascaeta ou de alguém no elenco que pudesse fazer sua função. Um esquema com quatro jogadores ofensivos pouco se encontrou no primeiro tempo, com Luiz Araújo e Bruno Henrique fora da zona ideal, e Michael sendo um dos piores em campo.

O resultado foi uma equipe que apelava para bolas longas vindas de trás, já que Wesley não acertava alguns cruzamentos claros, apesar das associações pelo lado direito terem funcionado bem.

Além disso, quando a bola chegava em Juninho, o centroavante destoava. Foram pelo menos duas boas chances de cabeça perdidas, além de uma bola na trave. Todas imperdoáveis diante de um Internacional cascudo, que se fechava e contou com enorme atuação de Rochet.

A receita colorada parecia perfeita quando, aproveitando uma jogada em que o time passou como quis pelo meio rival, graças a uma sequência de erros de combate do rubro-negro, Bernabei surgiu pela esquerda e serviu Bruno Henrique sozinho na segunda trave, para estufar a rede de Rossi.

Roger, porém, precisou tirar Rochet e colocar Anthoni no segundo tempo, pois o goleiro uruguaio teve inusitada “lesão” na mão por estar usando aliança. Seu reserva encarou um rolo de compressor de chances do Flamengo, que enfim desencantou quando Léo Pereira completou chute errado de Michael, após escanteio, e empatou.

Instantes depois, Juninho teve a chance de ouro para nocautear o adversário, quando saiu de cara com o goleiro, mas parou na trave. Outro erro chave no roteiro. Alex Sandro, Bruno Henrique e Plata, de falta, tiveram oportunidades que fizeram a arquibancada suspirar, mas a rede não balançou mais.

Muitos garotos entraram no fim, como Wallace Yan, que se destacou, mas não tiveram capacidade de mudar a partida. O ponto foi justo, por mais que tenha sido muito mais festejado do lado gaúcho. Agora, haverá pouco tempo para ajustes diante da maratona de jogos. Na quinta-feira, o compromisso é na Venezuela, onde a equipe enfrenta o Deportivo Táchira na estreia da Libertadores.

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Fonte: O Globo