Grande favorito do grupo C para ir às oitavas de final da Libertadores na primeira colocação, o Flamengo terá que superar um fator que já mostrou ser uma pedra no sapato do clube em edições recentes da Libertadores: a altitude. Na terceira rodada, prevista para a semana do dia 23 de abril, o rubro-negro terá que viajar para os 2.850 metros acima do nível do mar de Quito para enfrentar a LDU-EQU. Na temporada passada, foram duas derrotas (ambas para o Bolívar-BOL) e um empate (Millonarios-COL) em condições de altitudes elevadas.
Por outro lado, em termos técnicos, nem a equipe equatoriana e nem o Deportivo Táchira-VEN — uma viagem de 4.600 km até a cidade de San Cristóbal — ou o Central Córdoba-ARG parecem ser capazes de ameaçar o bom futebol que o Flamengo tem praticado neste início de temporada.
Estreantes em Libertadores, os argentinos se classificaram para o torneio ao vencerem no ano passado o primeiro título de escalão nacional em 105 anos de história: a Copa Argentina.
No campeonato argentino, o time tem uma campanha que não brilha os olhos. São 17 pontos conquistados em dez rodadas, ou seja, 30 disputados. Dessa forma, o que os comandados pelo argentino Omar De Felippe, de 62 anos, tem de mais positivo é o poder ofensivo. A equipe tem o quarto melhor ataque da competição, com 15 gols. Os destaques do setor são Leonardo Heredia, que marcou quatro vezes, e José Florentín Bobadilla, que balançou as redes em três oportunidades.
— Entendo que o grupo do Flamengo, do ponto de vista técnico, ficou de bom tamanho para nós. Estou satisfeito e temos que focar no que controlamos, que é nossa preparação. Estou confiante para essa Libertadores — disse Bap, presidente do Flamengo, que minimizou a questão das viagens longas.
— É natural. Já estamos acostumados com isso. Com o esquema e logística que temos no Flamengo, isso fica minimizado.