Foi um sábado estranho no Maracanã. Sem torcida e com um Flamengo diferente, bem abaixo do padrão que construiu desde 2019. Em um clima morno dentro de campo, a equipe de Jorge Jesus sofreu para furar o bloqueio da Portuguesa e só conseguiu a virada por 2 a 1 nos minutos finais.
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Bruno Henrique perdeu chances claras contra a Portuguesa — Foto: André Durão
Apesar do susto, o Flamengo manteve a invencibilidade com Jorge Jesus no Maracanã - agora são 28 jogos, com 25 vitórias e 3 empates. Em campo, outro ponto fora da curva foi o fato de o time não ter tido grandes destaques individuais.
Jorge Jesus, que esteve menos ativo do que o de costume, utilizou Pedro no lugar de Gabigol, poupado. O centroavante seguiu o ritmo do time e não teve uma boa atuação. Se movimentou pouco e não conseguiu dar sequência na maior parte das jogadas. Foi substituído aos 8 minutos do segundo tempo.
Michael foi o escolhido para entrar. Também não teve destaque individual, mas se movimentou bastante. Apenas como Bruno Henrique na função de centroavante, o time abusou de cruzar bolas altas na área e facilitou a vida da Portuguesa, que se defendeu bem e conseguiu marcar seu gol em um contra-ataque.
Quando ficou em desvantagem, o Flamengo, enfim, aumentou o ritmo. Já sem volante após as saídas de Diego e Arão para as entradas de Vitinho e Lincoln, foi na base da pressão e conseguiu empatar após chute de Vitinho que desviou em Marcão e entrou. Três minutos depois, aos 45, Arrascaeta, outro que teve participação discreta, teve um lampejo decisivo. Recebeu na entrada da área, girou e acertou o canto para dar a vitória ao time.
- Fomos percebendo o jogo deles, fomos introduzindo novos jogadores com outras características, o que deu para mudar o jogo. E se houvesse mais tempo, faríamos mais gols. Eu sei que um gol a gente vai fazer. Eu estava pensando: eu posso não ganhar, mas perder não vou, porque a gente vai fazer um gol. E pronto. As coisas depois apareceram com facilidade - analisou Jorge Jesus.
A impressão é de que todo o ambiente que envolveu o jogo contra Portuguesa influenciou bastante no psicológico e no desempenho do time do Flamengo, que passou por testes do coronavírus na véspera e ficou órfão de sua torcida.