Uma atuação de gente grande. E a definição vai além da figura de linguagem para analisar o empate do Flamengo com o Palmeiras, domingo, no Allianz Parque, pela 12ª rodada do Brasileirão. Com média de idade de 21 anos no início da partida e 20 ao apito final, a atuação foi melhor ainda do que o 1 a 1 para os comandados de Jordi Guerrero.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2020/x/w/88vDIORWSQXXtkiTddFg/ei9awr9xsaajmz-.jpg)
Hugo comemora com jovens o empate do Flamengo em São Paulo — Foto: Reprodução
A prova de maturidade dos garotos do Flamengo não se deu somente nos 90 minutos de bola rolando. Os relatos de bastidores apontam para um grupo tranquilo e focado na realização da partida mesmo com o vai e vem de liminares até menos de uma hora do pontapé inicial. Gérson foi uma espécie de capitão sem faixa, deixando o ambiente leve em meio ao caos jurídico.
Em campo, o que se viu foi um Flamengo organizado e corajoso. Em momento algum, o time se viu acuado diante de um Palmeiras com força máxima. Muito pelo contrário, na etapa inicial foram de Pedro e Arrascaeta as melhores chances.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2020/y/N/GPbYCAT7ALhAHBSCJLCg/50391676786-444ce6048d-c.jpg)
Arrascaeta foi o capitão e o maestro da equipe dentro de campo — Foto: Alexandre Vidal / CRF
É importante, por sinal, ressaltar a importância do quarteto mais experiente em campo. Thiago Maia, que jogou mesmo com um incômodo na coxa, Gérson, Pedro e, principalmente, Arrascaeta assumiram o protagonismo esperado e deram tranquilidade aos mais jovens.
O Flamengo se defendia com linhas muito bem ajustadas e próximas. Thiago Maia flutuava entre a primeira e a segunda linha de acordo com a profundidade do ataque de um Palmeiras que não encontrou espaços para criar. Apenas Pedro sobrava na marcação, mas tinha a função de atrapalhar a saída de bola adversária.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2020/s/b/92JM1ySOmBhfXzyZJGHg/50391755621-4209c967f3-c.jpg)
Pedro comemora o gol de empate do Flamengo em São Paulo — Foto: Alexandre Vidal / CRF
Das 17 finalizações do Palmeiras, poucas levaram perigo e encontraram Hugo Souza em dia inspirado. Não à toa, o goleiro foi eleito o "Craque do Jogo" e se emocionou ao lembrar do pai em entrevista.
Quando tinha a bola nos pés, o Flamengo não se mostrava afobado. Arrascaeta assumia a batuta, Lincoln e Guilherme Bala abriam pelos lados para dar opção e Pedro abria espaços. Foram dez finalizações - quatro na direção do gol - para um time que incomodou o Palmeiras em seus domínios.
Com 23 desfalques (19 jogadores com Covid e quatro lesionados), o Flamengo foi forte, corajoso e organizado em São Paulo. Na tabela, volta com um ponto. No moral, muito mais do que isso.