'All-in' de Tite marca decisão do Flamengo contra o Peñarol pela Libertadores; entenda

Por mais que ainda restem três meses até que a temporada termine oficialmente, é plausível afirmar que, na expressão do pôquer, o Flamengo vai para o seu “all-in” em 2024 hoje, às 19h, contra o Peñarol, em Montevidéu, por uma vaga nas semifinais da Libertadores. Em quarto no Brasileirão, a 11 pontos do líder Botafogo, o rubro-negro optou por mandar uma escalação 100% reserva no último fim de semana, contra o Grêmio, e deixar os principais jogadores no Rio, preparando-se para a partida de logo mais. Além disso, o técnico Tite, que ao longo de quase toda a carreira adotou postura mais comedida e cuidadosa com as palavras, afirmou, logo após a derrota por 1 a 0 para os uruguaios no jogo de ida, que o rubro-negro marcaria ao menos um gol mesmo se tivesse “metade das oportunidades que criou” no Maracanã.

— Pode me cobrar — cravou o experiente treinador.

A fala potente do comandante rubro-negro e o ar de decisão para o confronto contra o Peñarol — uma vitória por dois gols ou mais de diferença dá a vaga ao time carioca, e por um gol leva a disputa pafra os pênaltis — se justificam pela temporada repleta de altos e baixos da equipe até o momento e pela pressão da torcida, que não se mostra satisfeita só com a ida à semifinal da Copa do Brasil.

Não à toa, Tite, xingado na partida da semana passada, deve fazer uma alteração que tem sido cobrada pelos torcedores. Pulgar, que falhou diretamente no gol do Peñarol, sairá do time para a entrada de Léo Ortiz no meio-campo. Além disso, Gabigol, que não tem recebido oportunidades com o treinador, voltou a ser relacionado após duas partidas fora e deve receber boa minutagem, mesmo vindo do banco de reservas.

Oportunidade

Com todo esse cenário, há duas formas bem objetivas de analisar as possíveis consequências do resultado da partida de hoje. Se o Flamengo for eliminado, a crise e a pressão em cima de Tite se instalará de vez. Já uma conquista da vaga em Montevidéu teria traços históricos e poderia dar uma “nova vida” ao trabalho do treinador e sua comissão. Até porque a última vez que o Fla venceu um jogo fora de casa na Libertadores foi em 2022, há oito jogos. Já em partidas no Uruguai, o jejum é de 29 anos, desde 1995.

— Grande oportunidade para quebrar essa escrita. É histórico, não é assim? Temos totais condições de chegar lá e fazer — afirmou Tite.

Fonte: Extra