Nesta quinta-feira, os jogadores do Flamengo terão pela primeira vez uma tarde de folga na pré-temporada nos Estados Unidos. Antes do descanso, Alex Sandro concedeu entrevista coletiva no hotel. Um dos assuntos abordados foi o interesse do Rubro-Negro na contratação de Danilo , ex-companheiro do lateral-esquerdo no Santos, no Porto, na Juventus e na Seleção.
- Converso com o Danilo quase todos os dias, é mais que um amigo, faz parte da minha família. O que mais a gente fala é sobre a questão dele com a Juventus, tem que resolver lá primeiro. Independentemente do lugar, ele tem que ser feliz. Se ele vier, vamos receber de braços abertos, um jogador que foi importante por onde passou e não seria diferente no Flamengo .
À procura de um zagueiro para repor a saída de Fabrício Bruno, o Flamengo buscou informações sobre Danilo, que está de saída da Juventus. Ainda não houve proposta, e o Rubro-Negro estuda os valores antes de entrar mais forte na negociação.
Enquanto o novo zagueiro não chegar, Alex Sandro pode ajudar Filipe Luís. O lateral-esquerdo revelou que o treinador conversou com ele sobre a possibilidade de utilizá-lo na zaga.
- Na Juventus, joguei várias vezes como zagueiro, até aqui no Flamengo joguei alguns jogos. Aprendi a me sentir à vontade. No começo foi difícil, mas hoje me sinto habituado. O Filipe gosta de jogadores que jogam em mais de uma posição, já conversou comigo, pode ser que me use na linha de três e futuramente na linha de quatro.
O Flamengo terá mais dois treinos em Gainesville, na sexta e no sábado, antes de seguir para Fort Lauderdale, onde enfrentará o São Paulo no domingo, às 15h (17h de Brasília).
Clima frio da pré-temporada
- Eu sempre gostei de vir para os Estados Unidos, o clima é gostoso. Tem muitos jogadores aqui fazendo a primeira viagem para fora do Brasil. Esse clima me ajuda muito, talvez, se a pré-temporada fosse no calor do Rio, eu sentiria mais.
- Os treinos estão muito bons, cada jogador está chegando no seu nível. O jogo contra o São Paulo vai ser uma boa preparação dos pontos de vista técnico, tático e físico.
Diferenças da Europa para o Brasil
- Todo mundo fala que futebol é igual no mundo todo, mas tem diferenças estruturais. Muitos campos ainda são irregulares, e times usam isso ao seu favor. No Brasil alguns campos são sintéticos, por exemplo, e isso pode interferir. Eu sofri com o clima no começo, muito quente. Mas, na questão técnica, o Brasil está muito bem servido.
Acha que o Brasil está produzindo menos talentos?
- Não concordo. Acho que temos ótimos laterais, o Brasil sempre teve essa marca. O Brasil está bem servido. Os europeus sempre buscaram os brasileiros e vai continuar assim. Nossa formação não começa no clube, começa na rua, dentro de casa. Cresci jogando futebol na rua. É uma cultura nossa. Os brasileiros podem querer imitar questões táticas dos europeus, eu por exemplo aprendi muito lá. Mas a matéria-prima do Brasil é difícil encontrar lá fora.
Filipe Luís
- A gente torce muito pelo Filipe. Ele está trazendo para nós a experiência de ter jogado tanto tempo lá fora. A gente compara algumas coisas aqui da pré-temporada, questões físicas e táticas, e são parecidas com lá fora. A gente tem a mesma ideia e nos entendemos muito na questão da marcação.
Ele te cobra mais por serem da mesma posição?
- A cobrança é igual para todos, mas obviamente quando ele me cobra eu respeito ainda mais, porque ele sabe do que está falando. Não só para mim, mas para o Ayrton e os outros laterais. É uma pessoa que a gente respeita muito quando vem falar de posição, de tática… Ele aprendeu muito fora.
Dá para o Flamengo disputar o Mundial de igual para igual com os europeus?
- Até chegar nesse Mundial muita coisa vai rolar. Mas a gente tem que se organizar para chegar bem na competição, todos estão empolgados. Vai ser legal ver Flamengo x Chelsea. Vai ser um ótimo campeonato.
Diferenças entre Boto e Braz
- O Boto chegou agora, a gestão dele vai ser avaliada futuramente. O Braz deixou muitos títulos, uma pessoa com relacionamento bom com todos… O Boto ainda vai construir, é muito pouco tempo. É um diretor experiente, fez ótimo trabalho por onde passou, nós respeitamos e acreditamos nele.
Titularidade
- A questão de eu ter ficado muito tempo sem jogar e chegar ao Flamengo tendo que jogar deu certo porque tive ajuda dos companheiros. Não acredito em titularidade, teremos muitos jogos, todos vão jogar e precisam estar bem. O Flamengo está acostumado a disputar todos os campeonatos e chegar bem em todos. Não existe titular, vai jogar quem estiver nas melhores condições. Temos que estar preparados mentalmente para essa maratona.
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