Por mais que o centroavante Pedro seja o artilheiro e maior garçom do Flamengo no Brasileirão, com seis gols e cinco assistências, é o capitão Gerson quem tem liderado a equipe em meio aos desfalques durante a Copa América. Titular nas últimas 15 partidas do rubro-negro, somando Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, o meio-campista deve estar em campo novamente hoje, às 20h, contra o Cuiabá, no Maracanã.
Ao longo dessa maratona com o Flamengo — onze vitórias, dois empates e duas derrotas —, Gerson esteve em campo em 1.317 dos 1.350 minutos possíveis, um índice de 97,5%. Nenhum outro jogador do time alcançou tais números dentro desse recorte, nem mesmo o goleiro Rossi. No Brasileirão, Gerson tem até o momento três assistências e um gol.
Nova fase
Apesar de ter recebido o apelido de Coringa ainda na primeira passagem pelo clube, em 2019, ao longo da era Jorge Jesus, Gerson também tem feito jus a ele sob o comando de Tite. Após a cirurgia no rim, em março, o camisa 8 teve que aguardar para voltar ao time titular. Quando conseguiu reconquistar sua vaga, ele entrou no time como um ponta pela direita, com a função de ajudar na armação, fazendo um movimento de fora para dentro.
No entanto, por conta dos desfalques por convocações e lesões, Gerson tem atuado mais recentemente como segundo homem de meio-campo, ou até como meia mais avançado. Foi assim, por exemplo, na última rodada, contra o Atlético-MG. Independentemente da posição ou função, o desempenho tem sido aprovado por torcedores, companheiros e pela comissão técnica.
Se a polivalência já era conhecida por todos, outra habilidade do Coringa que não havia sido tão explorada na primeira passagem pelo clube e tem reverberado agora é a de líder. Capitão, o meia de 27 anos tem sido o responsável por comandar os discursos no vestiário, dar instruções dentro de campo e repassar suas experiências para os mais jovens do elenco, que o chamam de “paizão”.