Nesta quarta-feira (6), na Arena Independência, o Flamengo visitou o Cruzeiro pelo Brasileirão e venceu por 1 a 0 . E Bruno Henrique entrou em campo pela primeira vez em meio à investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Federal envolvendo o atacante.

Empresário do jogador, Denis Ricardo estava no estádio e se pronunciou sobre o episódio. O agente citou que o estafe jurídico de Bruno Henrique está "muito bem informado" sobre a investigação e que, em um momento oportuno, vai se pronunciar de maneira oficial.

"O jurídico está muito bem informado da situação e na hora que tiver as informações já cheias no departamento jurídico a gente vai se pronunciar oficialmente", disse.

"Não acho nada, quando o jurídico tiver todas as informações, a gente se manifesta."

O agente ainda elogiou o desempenho do atacante na partida diante da Raposa e disse que Bruno "está ótimo".

"Ele (Bruno Henrique) está ótimo, fez uma partida brilhante."

Bruno Henrique disputou boa parte do confronto em Belo Horizonte e saiu aos 34 do segundo tempo, depois de começar entre os titulares. De falta, David Luiz garantiu o triunfo rubro-negro.

Entenda o caso Bruno Henrique

Em nota oficial, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Federal informaram que deflagraram operação nesta terça-feira (5) para investigar cartões levados pelo atleta em partida contra o Santos , pelo Brasileirão 2023, em 1º de novembro do ano passado ( veja os lances no vídeo abaixo ).

Ao todo, mais de 50 policiais federais e seis promotores de Justiça do Gaeco-DF cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (incluindo o CT Ninho do Urubu, do Flamengo), Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves.

"A investigação teve início a partir de comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol. De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association e Sportradar , que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro", escreveu o Ministério Público do Distrito Federal.

"No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às casas de apostas, por intermédio dos representantes legais indicados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda, apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração", complementou o órgão.

Em comunicado, o Flamengo disse que "tomou conhecimento do caso" e afirmou que" dará total suporte ao atleta Bruno Henrique", que "desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência".

O clube rubro-negro também apontou que "uma investigação no âmbito desportivo" feita pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sobre o tema "foi arquivada" e salientou que o camisa 27 segue treinando normalmente com a equipe.

Após ser citado pelo Fla, o STJD também se manifestou sobre o tema e explicou o arquivamento da investigação .

O lance investigado aconteceu aos 50 minutos do 2º tempo da derrota por 2 a 1 do Flamengo para o Santos , no Mané Garrincha, em Brasília.

A análise é em cima das infrações do atacante, que levou amarelo após cometer falta em Soteldo , do Peixe, e depois reclamou forte com o árbitro Rafael Rodrigo Klein , sendo expulso de campo - na súmula, o juiz afirmou que Bruno Henrique disse a seguinte frase: "Você é um m***".

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