Afinal, o que falta para Gerson deslanchar na seleção brasileira? Especialistas opinam

Acostumado a ser titular e ter alta minutagem em campo pelo Flamengo, Gerson vive um contexto completamente diferente na seleção brasileira. Hoje, contra o Paraguai, o meio-campista começará no banco mais uma vez. A briga por um espaço no plantel do time canarinho contrasta com o status que o Coringa tem no rubro-negro, onde é capitão, ídolo e peça fundamental para o esquema de Tite. Essa situação cria o questionamento: o que falta para Gerson conseguir deslanchar pelo Brasil?

— O Gerson tem futebol para ser o titular do meio-campo da seleção brasileira. Na minha concepção, poderia ter começado o jogo contra o Equador, porque ele está fazendo temporada digna para isso. Se ele for efetivado e mantido como titular, aí sim vai se firmar. Falta, então, continuidade, e o Dorival sair um pouco do excesso de cautela, que tem vários dos seus movimentos na seleção brasileira, para colocá-lo como titular — avalia PC Vasconcellos, comentarista do Sportv.

Quando a seleção brasileira era comandada pelo mesmo Tite que hoje treina o Flamengo, onde Gerson vem de 35 jogos consecutivos, o Coringa foi convocado para nove partidas — sete em 2021 e duas em 2022. Atuou em apenas quatro delas, sendo duas como titular. Já no ano passado, quando Fernando Diniz era o treinador do Brasil, Gerson foi convocado uma vez. Teve 11 minutos no empate contra a Venezuela e não saiu do banco na derrota para o Uruguai. Além disso, foram 28 minutos contra o Equador, na semana passada, na estreia de Dorival Júnior nas Eliminatórias.

Atualmente, Gerson luta por uma vaga na seleção em uma posição distinta da que atua no Flamengo, onde tem jogado como ponta.

— Acho Gerson ótimo jogador, com uma série de virtudes, mas ainda assim, não tenho a convicção de que ele seja uma opção melhor do que as outras que vêm sendo testadas e que atuam com destaque no futebol europeu, como Bruno Guimarães, Paquetá... Pode ser uma questão de oportunidades, de ter a chance de disputar partidas, mas acho que esses jogadores têm até mais recursos que Gerson. Acho que é mais um dos casos de diferença entre o nível competitivo doméstico e o futebol de elite da Europa — diz Carlos Eduardo Mansur, colunista do GLOBO.

Como deve ser reserva, há a possibilidade de Gerson ser relacionado pelo Flamengo para atuar na partida contra o Bahia, quinta-feira, pela Copa do Brasil.

Fonte: O Globo