A Afavinu, associação que representa os familiares das vítimas do incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, manifestou protesto contra a absolvição dos sete réus envolvidos no processo criminal relacionado à tragédia que resultou na morte de dez jovens atletas em fevereiro de 2019. A decisão foi proferida pela 36ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, que considerou a “ausência de demonstração de culpa penalmente relevante”.
Os familiares das vítimas expressaram que a sentença é uma afronta à memória dos jovens atletas e à sociedade. A Afavinu enfatizou que a decisão renovou o sentimento de impunidade entre os familiares e reforçou a necessidade de uma resposta mais rigorosa em relação à responsabilidade pelas condições de segurança nos alojamentos de jovens atletas.
Reação da Afavinu
Em nota oficial, a Afavinu salientou que "entendemos que o papel da Justiça não se limita à aplicação da lei em casos individuais, mas exerce uma função pedagógica essencial na prevenção de novos episódios semelhantes". A associação pediu auditorias frequentes e manutenção preventiva nos alojamentos, visando evitar novas tragédias.
Além disso, a Afavinu declarou que "a vida dos nossos filhos tem um valor irreparável e em memória aos 10 garotos inocentes lutaremos, até o fim, por uma Justiça efetiva e capaz de inibir novos delitos". A mobilização da Afavinu destaca a importância do ativismo civil diante da percepção de impunidade e a necessidade de garantir a segurança em instituições que acolhem jovens atletas.
Implicações da Decisão
A decisão é em primeira instância e cabe recurso, o que significa que a luta dos familiares pode continuar nas esferas judiciais superiores. A absolvição dos réus, além de quatro outros que já haviam escapado da responsabilização criminal, levanta questões sobre a segurança e a responsabilidade em ambientes esportivos.
A tragédia no Ninho do Urubu, que deixou dez vítimas fatais, tornou-se um marco na discussão sobre a segurança em instituições que abrigam jovens em formação. A Afavinu, assim, segue em busca de Justiça e na esperança de que a decisão seja revista, chamando a atenção da sociedade para a importância de um acompanhamento mais rigoroso das condições de segurança em alojamentos de atletas.
