23 de novembro é uma data marcante para o torcedor do Flamengo . Em 1981 , Zico e companhia conquistavam a primeira CONMEBOL Libertadores da história do clube. 38 anos depois, foi a vez de o histórico time de Jorge Jesus assegurar o bicampeonato em uma virada épica diante do River Plate nos minutos finais da decisão em Lima, no Peru.

Para celebrar os cinco anos do caneco conquistado pelo Flamengo, o Disney+ lança o documentário "A Glória Por Eles", produção original que conta com entrevistas exclusivas de jogadores daquela campanha - assista aqui . Peça fundamental daquele time, o Mister mudou o patamar do clube com um trabalho que até hoje deixa saudade.

Jogadores históricos daquela campanha, Diego Alves , Diego Ribas , Rodrigo Caio e Rafinha contaram os bastidores de como foi o trabalho e a virada de chave que o português deu no clube desde o primeiro dia no Ninho do Urubu, quando fez a previsão que se concluiu no fim do ano: que o Flamengo ganharia o Brasileirão , a Libertadores e iria disputar o Mundial de Clubes contra o Liverpool .

Diego Alves

"Jorge Jesus era um ponto de interrogação. No Brasil, as pessoas não conheciam muito o trabalho do Jorge Jesus. Com ele vem o Rafinha, Filipe Luís, Gerson, Pablo Marí. Eu lembro desde a primeira reunião, ele foi muito claro, o objetivo era ser campeão. Colocou os troféus no telão e disse 'nós vamos ser campeões aqui e aqui. E nosso objetivo é preparar para jogar contra o Liverpool'. A importância dele colocar na nossa cabeça que nós teríamos esse compromisso com a vitória, de ser campeão lá na frente, fez que a gente criasse essa confiança e compromisso com nós mesmos que seríamos campeões da Libertadores, do Brasileirão e iríamos disputar o Mundial contra o Liverpool. '. Foi um dos poucos demonstrar em um dia de clube da importância dele estar lá."

Rodrigo Caio

"Jorge Jesus foi a cereja do bolo. Um cara extremamente campeão, veio para mudar o patamar do nosso time. Jogadores com qualidade também chegaram para aumentar o nosso nível, fez toda a diferença para a gente se consolidar como uma equipe campeã. Você monta um time forte não só com qualidade, mas por experiência, mentalidade vencedora. Isso fez a gente atingir um nível muito alto."

Rafinha

"O time estava redondo. Além da matéria-prima, os jogadores, todos bons, o Jorge Jesus era muito bom treinador. Ele sabia a hora de brigar, de cobrar, de escutar a gente. A gente treinava muito, era muito sincronizado. Tinha tanta repetição, tanta repetição, que chegava no jogo e era 'batata'. Coloco aquele velhinho como um dos melhores da minha vida."

E o fator Jorge Jesus ia além do aspecto técnico e tático. O português foi fundamental para o retorno de Diego Ribas, que quebrou a perna na oitavas de final e só retornou na volta da semifinal contra o Grêmio, momento que Diego Ribas não esquece e exalta a gratidão que sente pelo técnico que sempre contou com a sua volta mesmo com o time 'voando'.

Diego Ribas

"Quando voltei contra o Grêmio, depois da lesão sofrida contra o Emelec, sabia que para participar tinha que acontecer algo que me desse segurança. Logo depois do quinto gol, o Jesus não comemorou. Ele virou para mim e disse: 'Vai aquecer'".

"Na final, eu não estava nas condições ideais, mas eu falei 'é o suficiente'. Ele quando me chamou disse 'Me dá um beijinho e vai'", finalizou.

Veja esse e mais depoimentos sobre a campanha rubro-negra na Libertadores de 2019 no documentário "A Glória Por Eles" pelo Disney+ .

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