20 anos do ge: veja lista dos jogos mais marcantes e escolha o seu

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O ge completa nesta quarta-feira 20 anos. E, para marcar a data, nada melhor do que relembrar os 20 jogos de futebol mais marcantes nessas duas décadas. Desde a goleada da seleção brasileira sobre a Argentina por 4 a 1 na final da Copa das Confederações de 2005, ocorrida dois meses após o ge ter ido ao ar, até o título da Libertadores do Botafogo, em novembro do ano passado.

Carrossel maiores jogos 20 anos ge — Foto: infoesporte/ge.globo

Mas chegar a uma lista com 20 grandes jogos não foi tarefa fácil (e temos a convicção que outras partidas espetaculares ficaram de fora). Porém agora é com você. Afinal, dos últimos 20 anos, qual o mais marcante de todos? Clique na enquete abaixo e vote:

Qual o jogo de futebol mais marcantes dos 20 anos do ge?

Brasil x Argentina nunca será um jogo qualquer. Ainda mais quando o clássico vale taça. E no dia 29 de junho de 2005, em Frankfurt, a seleção brasileira conquistou o título da Copa das Confederações com uma aula de futebol e show de Adriano (autor de dois gols), Kaká e Ronaldinho Gaúcho, que construíram a goleada por 4 a 1 (Aimar fez o de honra dos argentinos). E vale lembrar que o "Quadrado Mágico" ainda estava desfalcado de Ronaldo, que foi poupado da competição.

Quando um jogo ganha um nome, é porque ele é histórico. E o dia 26 de novembro de 2005 está gravado para sempre na memória do Grêmio como o dia da Batalha dos Aflitos. Jogo em que o Tricolor foi mais "imortal" do que nunca ao conseguir o acesso à Série A vencendo o Náutico por 1 a 0, mesmo tendo quatro jogadores expulsos e dois pênaltis contra desperdiçados pelos pernambucanos. O segundo cobrado após enorme confusão, com direito a invasão geral no gramado. Épico.

Quem tem mais, no Brasil, tem três. No dia 18 de dezembro de 2005, o São Paulo conquistaria o seu terceiro título mundial de clubes ao bater na decisão o favorito Liverpool por 1 a 0, com um gol que colocaria o volante Mineiro para sempre na história do Tricolor. Junto, obviamente, com outros ídolos como o zagueiro Lugano, e o atacante Aloísio e o maior de todos, o goleiro Rogério Ceni, grande nome da decisão com defesas eternas.

Jogo que deu o tetracampeonato à Itália, mas que entrou na história também pela cabeçada do francês Zinedine Zidane no peito do zagueiro italiano Marco Materazzi, na prorrogação, e que custou a expulsão de Zizou, em sua última partida oficial como jogador. O craque, por sinal, abriu o placar na decisão, com um pênalti de cavadinha. Mas ele, Materazzi (e de cabeça!), empatou. Na decisão por pênaltis, Trezeguet perdeu e o lateral Fabio Grosso decretou o quarto mundial da Azurra.

Na luta de Davi contra Golias, deu Gabiru! Com um gol do herói improvável Adriano Gabiru, o Internacional venceu o todo poderoso Barcelona, de Ronaldinho Gaúcho, Iniesta, Xavi, Puyol e Deco por 1 a 0 e conquistou o Mundial de Clubes no estádio de Yokohama, no Japão. Coube ao ídolo Fernandão, morto em um acidente de helicóptero em 2014, levantar a taça e se eternizar na história colorada.

Um dos jogos mais emocionante da história das Copas. De um lado, Gana, a última seleção ainda viva na primeiro Mundial disputado no continente africano. Do outro o Uruguai, que vinha resgatando a tradição de um bicampeão. Jogo equilibrado, empate por 1 a 1 no tempo normal, até que no último minuto da prorrogação, o atacante Suárez salvou, com a mão, o gol que seria o da classificação de Gana. Pênalti desperdiçado por Asamoah Gyan, para delírio de um expulso Luisito. Na decisão por pênalti, deu Celeste, com direito a cobrança decisiva ser convertida de cavadinha por Loco Abreu.

De um lado, Neymar. Do outro, Ronaldinho Gaúcho. Os dois craques estiveram inspirados no dia a 27 de junho de 2011 para o confronto entre Santos e Flamengo, pelo Brasileiro. Jogo que não decidiu título, mas que mesmo assim entrou para a história graças ao show de futebol das duas equipes., com direito a três gols de Ronaldinho, um por debaixo da barreira, e dois de Neymar, um deles uma pintura que valeu o prêmio Puskas daquele ano. No fim, o Flamengo, que chegou a estar perdendo por 3 a 0, saiu vitorioso da Vila Belmiro em um incrível 5 a 4. Jogaço!

Após levantar a sua primeira Libertadores, em cima do Boca Juniors, o Corinthians daria um salto ainda maior no dia 16 de dezembro ao conquistar o mundo. Com gol do peruano Paolo Guerrero, o Timão venceu o Chelsea por 1 a 0, em um Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, tomado por corintianos, para levantar a taça mais importante da sua história. Essa, por sinal, é até hoje o último título de um clube fora da Europa no Mundial de Clubes da Fifa.

Com um Maracanã tomado por 73 531 torcedores, o Brasil não tomou conhecimento da atual campeã do mundo e bi europeia Espanha, então invicta há 29 jogos oficiais. Marcas e números que foram destruídos com uma exibição de gala da seleção brasileira, com direito a Fred abrir o placar logo no primeiro minuto de jogo. Neymar ampliou ainda no primeiro tempo e logo no início do segundo, Fred fechou o placar de 3 a 0 ao som de "Ôoooo, o campeão voltou! O campeão voltou!".

Maior campeão da Champions League, o Real Madrid chegou a sua décima conquista de uma forma especial. E dramática. Em um derby contra o Atlético de Madrid, na decisão. Com o rival saindo na frente e segurando a vantagem até os 48 minutos do segundo tempo, quando Sérgio Ramos empatou. Na prorrogação, o Atlético sentiu e o Real Madrid conquistou "La Décima" com Bale, Marcelo e ele, Cristiano Ronaldo, artilheiro da competição com 17 gols.

Jogo que é autoexplicativo para estar nessa lista. Um placar que ao ser falado, em qualquer parte do planeta, irá sempre se remeter ao dia 8 de julho de 2014, no Mineirão. O dia em que o futebol brasileiro sofreu a sua maior derrota e maior humilhação na história (e que dificilmente será superado um dia). Afinal, era uma semifinal de Copa do Mundo, em casa. Uma partida que, ao menos, tirou os fantasma dos vice-campeões de 1950, no Maracanazo. "Lá vem eles de novo!" é o nosso novo Ghiggia.

Longe de ter sido uma revanche. Mas não há como negar que a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas teve um sabor ainda mais especial por ter sido em casa, no Maracanã com 63 707 torcedores, e diante da Alemanha. Título com a assinatura de Neymar. Foi dele o gol que abriu o placar da decisão, em cobrança de falta. E foi dele também, a cobrança decisiva na disputa de pênaltis, após Weverton defender a cobrança de Petersen. O lugar mais alto no pódio era, enfim, nosso.

Uma das maiores "remontadas" da história da Champions. Após ser goleado na ida, em Paris, por 4 a 0, o trio MSN decidiu para o Barcelona no jogo de volta. Principalmente o brasileiro. Mas não foi fácil. O Barça abriu 3 a 0, com Suárez, Kurzawa (contra) e Messi. Mas em seguida viu Cavani diminuir para o PSG, obrigando os donos da casa a remarem tudo de novo, uma vez que precisavam de mais três gols. E foi a vez de Neymar aparecer. O brasileiro fez mais dois, aos 43 e aos 46, e deu a assistência para o gol decisivo de Sergi Roberto, aos 50 do segundo tempo. O impossível havia acontecido no Camp Nou.

A temporada de 2019 foi mágica e serviu como um divisor de águas para o torcedor do Flamengo. Afinal, sob a batuta do técnico português Jorge Jesus, o Rubro-negro, além do ser campeão brasileiro, com sobras, ainda voltaria a conquistar a Copa Libertadores após 38 anos. E em um jogo emocionante contra o River Plate, no primeiro ano em que a competição passou a ser decidida em partida única. Atrás do placar até os 42 minutos do segundo tempo, o título mudou a rota para a Gávea com dois gols de Gabigol, aos 43 e 46 do segundo tempo. De Lima, no Peru, para a imortalidade.

Possivelmente a eliminação mais doída do Brasil em Copas desde 2006. Após um 0 a 0 no tempo normal, Neymar no fim do primeiro tempo da prorrogação abriu o placar para a seleção, com um golaço e encaminhava a classificação para as semifinais. Mas em um descuido fatal, em um contra-ataque aos 11 minutos do segundo tempo, Petkovic empatou. Nos pênaltis, Rodrygo e Marquinhos perderam suas cobranças, enquanto os croatas acertaram todas. Faltavam só quatro minutos....

Para muitos, a maior final de Copa do Mundo em todos os tempos. Ingredientes para isso não faltaram. A começar por dois gênios. De um lado, Messi naquela que provavelmente seria a sua última chance de ser campeão do mundo com a Argentina. Do outro Mbappé, que aos 23 anos disputava sua segunda decisão. O roteiro completou o cenário do jogão, com a Argentina abrindo 2 a 0, com Messi e Di Maria, mas vendo a França empatar no tempo normal, com Mbappé, na etapa final. Na prorrogação, Messi colocou de novo os hermanos em vantagem, mas Mbappé voltou a empatar. Na disputa de pênaltis, Coman e Tchouaméni desperdiçaram e a Argentina conquistava, enfim, o seu tri.

Um jogo que marcou a arrancada de um até então improvável campeão e a derrocada do até então provável. Pela 31º rodada, o então líder Botafogo terminou o primeiro tempo no Nilton Santos vencendo por 3 a 0. Mas na etapa final, o Palmeiras de Abel Ferreira buscou a heroica virada com gols de Endrick (duas vezes), Flaco López e Murilo. Antes, porém, o Botafogo teve a chance de abrir 4 a 1, mas Weverton defendeu pênalti cobrado por Tiquinho Soares. A vitória deixou o Palmeiras a apenas três pontos do rival. Ultrapassagem que viria nas rodadas seguintes rumo ao título.

O Fluminense tinha um trauma em finais de Libertadores no Maracanã. Afinal, em 2008, o Tricolor havia deixado escapar o título para a LDU, nos pênaltis. Mas isso iria mudar no dia 4 de novembro de 2023. Diante do gigante Boca Juniors, os brasileiros abriram o placar com o artilheiro Cano. Mas Advíncula deixou tudo igual no segundo. Jogo na prorrogação, mas dessa vez sem esticar para os pênaltis. John Kennedy, cria de Xerém, fez o gol da Glória Eterna tricolor. Vence, o Fluminense!

Classificada como uma das melhores terceiras colocadas da primeira fase, a seleção brasileira feminina renasceu a partir dos mata-matas do torneio feminino das Olimpíadas de Paris. Primeiro eliminado as donas da casa nas quartas de final por 1 a 0. Mas a maior atuação viria nas semifinais. Diante da Espanha, atual campeã do mundo e que já havia vencido as brasileiras por 2 a 0 na primeira fase, a seleção atropelou, com gols de Irene Paredes (contra) Gabi Portilho, Adriana e Kerolin. Na final, derrota para os Estados Unidos e medalha de prata honrosa no peito.

Uma conquista ainda fresca na memória do torcedor do Botafogo. Que lembra em detalhes a expulsão de Gregore, logo no primeiro minuto da final contra o Atlético, no Monumental de Nuñez, e que parecia ter colocado tudo a perder. Mas lembra mais ainda do gol de Luiz Henrique, abrindo o placar, mesmo com um jogador a menos, do pênalti sofrido pelo camisa sete e convertido por Alex Telles, ainda no primeiro tempo. E do Galo querer esboçar uma reação com Vargas diminuindo, mas Júnior Santos decretando o gol do título na etapa final. Afinal, é tempo de Botafogo!

Fonte: Globo Esporte