Tudo ainda aberto - Corinthians 0 x 0 Flamengo

O Flamengo fez o ótimo e dominante jogo dele na Neo Química Arena - como faz em quase todos os campos da América desde a providencial chegada de Dorival para subsistir o indefensável trabalho de Paulo Sousa. O Corinthians, como esperado e mais encorpado e menos desfalcado, equilibrou muito mais o clássico como não havia conseguido antes na Libertadores. Acabou conseguindo um resultado que não é o ideal para o forneio. Mas era o possível pela diferença entre times e elencos.

Fica a sensação agridoce rubro-negra de que tinha como ser melhor em Itaquera (onde tem mais vitórias que o dono da casa). Fica o alívio alvinegro de que ainda tem jogo e pode ter volta no Maracanã.
Mas é claro e natural que o favoritismo ainda é do Flamengo. Como foram as melhores chances na ida. Foram 10 oportunidades cariocas contra cinco paulistanas. Apenas duas corintianas na segunda etapa. Seis flamenguistas no tempo final. Entre elas um balaço de David Luiz de canhota no travessão, aos 21, e uma defesaça anterior de Cássio, aos 12, sonegando o usual gol de Gabi em decisão.

Desde 59 segundos o Flamengo fustigou mais a meta rival, em um chute de Gabigol para fora. Ele se mexeu bastante. Compensando uma jornada mais discreta de Pedro. Everton Ribeiro e Arrascaeta conseguiram muitas vezes superar Vera e Du Queiroz. Cansaram Gil e Balbuena. Mas não foram felizes na conclusão em mais um empate sem gols do Flamengo que segue criando bastante. Mas finalizando com menos eficiência.

Vitor Pereira optou pela bola espetada para a velocidade de seu tridente ofensivo. Foi assim que Yuri Alberto perdeu a melhor chance do Timão no primeiro tempo, aos 40, quando Thiago Maia na raça compensou falha feia de Leo Pereira.
Os treinadores demoraram a mexer no segundo tempo. Apenas aos 24. Sobretudo VP tinha como ter mudado antes. Era uma avalanche rubro-negra sobre Cássio. As únicas chances alvinegras vieram depois das tardias e necessárias mudanças.

O Flamengo criaria pouco até o final se comparado ao volume de ataque até ali. O peso das tantas tarefas em três torneios parecem ter pesado as chancas carícias. Ainda assim foi mais time até o apagão aos 42min56s. Quando David Luiz aparecia para tentar de cabeça o gol num escanteio que não valeu pela queda de luz em parte dos holofotes.

Quando a energia voltou, os times até tiveram chances em pouco mais de cinco minutos de jogo. Mas o zero persistiu no maior público da arena depois da Copa de 2014.
A disputa segue aberta. Mas ainda mais rubro-negra. Mesmo com o sal grosso e a água benta de Vampeta na cerimônia de entrega da Copa assistida pelo presidente da Fifa.

BOTA-TEIMA - Eu não teria marcado o pênalti reclamado aos 36 finais, quando a bola bateu no braço de Léo Pereira. Não me pareceu movimento antinatural do zagueiro rubro-negro. Ele não teve a intenção de botar a mão na bola. Não ampliou irregularmente a área corporal com o braço não colado ao corpo. Yuri Alberto estava em cima dele e faz corta-luz inteligente em lance muito rápido.

Eu não marcaria o pênalti. Mas tem como discutir o lance.

Fonte: TNT Sports