Flamengo se consagra na Libertadores aproveitando o lado bom da final única

Quem acompanha essa coluna sabe que sou contra a final única para a Libertadores. Pela redução do acesso aos torcedores e torcedoras do dia a dia, pela logística, por ter menos tempo de futebol, entre outras coisas. Guayaquil só provou esse ponto. (A Conmebol não pode achar que faz sentido enviar ao mundo imagens do seu maior evento acontecendo em um estádio meio vazio.)

O lado bom, porém, foi justamente o que entrou em campo hoje. A sensação de pode dar qualquer coisa. De um lance pode definir tudo. De uma bobeira que pode custar o título tão sonhado.

O Flamengo era favorito, mas enfrentava um time muito disciplinado taticamente, difícil de vencer. Apesar de mais posse de bola e chances criadas pelo Flamengo, o primeiro tempo se encaminhava para o fim com o placar zerado.

Até que Pedro Henrique tomou seu segundo amarelo aos 43 e, antes que Felipão pudesse pensar em arrumar a equipe, Gabigol não perdoou: marcou seu quarto gol em três finais de Libertadores. Histórico.

O Flamengo foi para o vestiário com um gol e um jogador a mais. O Athletico se segurou herculeamente no segundo tempo, ainda conseguiu alguns lances perigosos, especialmente de bola parada, mas não deu. Não tinha como dar.

Deve restar aos torcedores do Furacão a sensação de que podia ter dado, até que um erro transformou o feito difícil em sonho quase impossível.

O Flamengo conquista o tri, invicto, consolidando a hegemonia sul-americana que hoje divide apenas com o Palmeiras.

Parabéns ao Rubro-negro que termina 2022 campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. Meus pêsames aos rubro-negros curitibanos que ficam sem título e com o gosto amargo de ver o clube utilizado para fins políticos.

Agora, rumo à decisão de amanhã. Aguenta coração!

Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Fonte: Uol