Rodrigo Caetano quebrou o silêncio depois da eliminação do Flamengo da Copa Libertadores da América, na última quarta-feira. Nesta sexta, o diretor-executivo de futebol do clube concedeu entrevista coletiva para fazer uma avaliação do time no torneio continental, que era tratado como um dos principais objetivos da temporada.
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"Tinha a esperança de se chegar longe. Cabe a nós lambermos nossas feridas. Tivemos reunião importante e proveitosa, porque o Flamengo passa a ser avaliado de acordo com a reação que terá. Temos Brasileiro, Copa do Brasil, e a obrigação do Flamengo é voltar à Libertadores. No nosso entendimento é que a presença constante no torneio mais importante da América permitirá que a gente volte à conquista", analisou.
Apontado como um dos favoritos ao título, o clube rubro-negro deixou a competição de forma precoce, ainda na fase de grupos, após ser derrotado pelo San Lorenzo, na Argentina, e ver o Atlético-PR bater a Universidad Católica, no Chile. Para o dirigente, o Flamengo precisa se impor fora de casa, já que não somou ponto algum longe de seus domínios nesta edição da Libertadores.
"Dez dias atrás o elenco tinha bons valores, o trabalho estava no caminho, conquistamos um título invicto, que era um desejo do torcedor no Rio. No meio das decisões, tivemos jogos importantes. Essa grande derrota que tivemos no ano é para fazermos julgamento internos. Pagamos preço enorme por não termos pontuado nos três jogos que fizemos fora do Brasil. O Flamengo precisa entender que precisa não só jogar bem fora de casa, mas também se impor", declarou.
Em discurso afinado com o treinador Zé Ricardo, Rodrigo Caetano também rejeitou qualquer tipo de "caça às bruxas" em virtude da eliminação e destacou que o clube se reerguerá internamente.
"Temos que identificar o que precisa ser melhorado. Nós não vamos recomeçar sempre, talvez esse seja o maior erro num momento desses. Precisamos fazer reposição, ajustes porque perdemos três jogos no ano, três jogos que culminaram na nossa eliminação. Vamos encontrar a explicação e ela será interna", disse.
O diretor-executivo de futebol do Flamengo ainda fez questão de ressaltar que, apesar da frustração com a saída de Libertadores, o clube manterá a filosofia da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello. Caetano não descartou a chegada de reforços, porém evitou se aprofundar no assunto.
"Devido ao fato de a jornada ser dura, não é o fato de essa eliminação ser dolorosa para todos nós que fará mudar nosso tipo de filosofia. Podemos agregar um ou dois nomes para caminhada de voltar à Libertadores de 2018. Como não estamos em estágio avançado, não caberia eu ficar falando sobre isso", concluiu.