Apesar de ter o nome ligado a dois dos maiores clubes do país,
Abel Braga
deu indícios que não será o novo técnico nem de Corinthians nem de Flamengo. Especulado em São Paulo para a vaga aberta por Tite, o técnico de 63 anos disse que não recebeu proposta. Quanto ao Fla, time que comandou em 2004, disse guardar carinho especial, mas que "não quer ser mais um".
– Tudo mentira, irmão, ninguém (do Corinthians) me procurou. Acompanhe minha trajetória
desde a Ponte Preta, nos últimos 12 anos só peguei o Fluminense em 2011
no meio do trabalho. Não gosto, gosto de pegar no início. Faz um
levantamento dos meus títulos, é f..., ganhei muita coisa, mas tem de
ser do meu jeito. O pessoal do Flamengo quer, mas a grande dúvida está
aí.
Fora do Brasil, o treinador
está desempregado, mas ainda tem contrato em vigor com o Al-Jazira, dos
Emirados Árabes, até 1º de julho. Há multa rescisória.
Na Gávea, a informação é que o vice de
futebol Flávio Godinho é quem tenta conduzir as conversas com Abelão.
O técnico, porém, disse que não foi procurado por ninguém do clube, apenas por intermediários.
– A mim o Flamengo não procurou diretamente, mas mandou pessoas me
procurarem. Estou muito na minha, estou fora do país e volto não sei
quando. Até vi
uma declaração do presidente
que quer alguém breve
. Mas se ninguém me
procurou, não sou eu (risos) – brincou.
Questionado se o fato de ter de iniciar um trabalho no Flamengo no meio do ano seria mesmo um impeditivo para ele aceitar uma oferta rubro-negra, Abel pareceu pouco interessado pelo acerto.
– O Flamengo é um clube que, depois de minha passagem por lá, minha vida
mudou 100%. Ganhei tudo, foram uns 18 títulos, troço para c....... Bota
na última década aí: três nos Emirados, Gaúcho, Carioca, título demais. O
Flamengo é f.... Sou grato a eles por isso, mas tem que seguir, não
quero ser mais um – descartou.
Depois de confirmar Mozer como gerente, o Flamengo busca um nome para substituir o interino Zé Ricardo, já que avalia necessário um nome mais
experiente para comandar a equipe. Apesar da preferência por nome
estrangeiro, o nome de Abel
Braga havia ganhado força internamente.